quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Independente! mas pouco...

Brincadeiras à parte...

Atentem na edição de hoje, 15 de Outubro de 2009 do semanário "Jornal de Ourém".
Não me espantaria se muitos de vós se perguntassem sobre o que há de especial nele. Pois é mesmo isso que trago aqui à reflexão. O jornal em causa dá destaque, como é natural, a um evento que acontece uma vez de quatro em quatro anos, quer no nosso como nos cerca de 300 concelhos em todo o país - As eleições autárquicas. Mas estas foram bem mais.





















Esta não foi, a bem da verdade, uma eleição igual às dez anteriores. Desde o 25 de Abril e pela primeira vez foi possivel mobilizar um número suficiente de pessoas que pudessem protagonizar algo inédito neste concelho. A mudança.
Contribuiu para isso uma grande dose de rejuvenescimento, 2.970 novos eleitores que quiseram expressar a sua intenção de voto de modo a contribuir para a tal viragem. Tivemos ainda uma diminuição do número de votos em branco e um "aproveitamento" dos votos, anteriormente noutras forças politicas que desta vez foram canalizados para a campanha capaz de promover um alternativa. Pela primeira vez foi possivel às pessoas perceberem e fazerem por si só a distinção entre o que é uma politica directa para as pessoas, para resolver os seus problemas, criar soluções e promover potencialidades e o que é uma politica obscura, de interesses entranhados e suportados em poderes instalados ao longo dos anos. Aliado a isso foi feito um trabalho de "back-stage" muito sério em cada ponto do território concelhio e cujo resultado foi visivel, quer em termos de afluência, quer em termos de distinção sectária na altura do voto. Assim, num concelho maioritáriamente PSD de longa data, tudo o que disse anteriormente torna esta eleição ainda mais extraordinária.

Dito isto, não seria de esperar um ênfase maior sobre esta vitória inédita de todos os munícipes? Até o Jornal de Leiria dá outra visão sobre o acontecimento e quase de forma mais patriótica. É isto um "semanário independente", como se auto-intitula? Era de esperar mais que um quarto de página de narrativa simples e vazia. Um tímido "os oureenses decidiram!", fugaz sentimento de renovação. Foi história o que sucedeu na noite de 11 de Outubro!