domingo, 1 de novembro de 2009

Nostalgia de Dartagnam


Numa noite dramátca Dartagnam viu passar em rectrospectiva toda uma vida de submissão, crueldade e maldicência, perpectuada sob a forma de pequenos apontamentos musicais de Rodrigo Leão.

Era possivel ver ao longe, numa repleta plateia, a cabeça oca mas destacada de dartagnam, iluminada pelos holofotes da fama que agora mais que nunca possuêm uma cor mais pálida. Mas mesmo de olhos húmidos e voz embargada Dartagnam, que sabe como ninguém as letras das músicas do Rodrigo cantou, com grande emotividade a canção "Voltar" e em especial os versos:

Quanto eu não daria
Para poder voltar atrás
Volta pro meu peito
Daqui não saias mais

Depois, segundo ele, em memória ao seu antigo patrão cantou de viva voz a música "Alfama":
que lembro,
As horas ao longo do tempo;

Desejo,
Voltar,
Voltar a ti,
desejo-te encontrar;

Findado o grandioso espectáculo, Dartagnam sai então da sala do Paulo VI, pela porta do cavalo e completamente destroçado, com um andar de magua e pesar. Baixinho vai cantarolando o último sucesso do recente albúm de Rodrigo Leão. Era então possivel ouvir:
Vida tão só
Vida tão estranha
Meu coração tão mal tratado
Já nem chorar me traz consolo
Resta-me só o triste fado

A gente vive na mentira
Já nem dá conta do que sente
Antes sozinha toda a vida
Que ter um coração que mente

Pobre Dartagnam.....